terça-feira, 17 de novembro de 2009

Postagem referente ao dia 16/11/2009

LIBRAS

Lendo o texto indicado A Máscara da Benevolência, e os outros assim como relembrando as leituras passadas, percebe-se o quanto a população das pessoas surdas sofreram e foram discriminadas ao longo da história. Onde por não falarem eram consideradas pessoas incapazes, intelectualmente “inferiores”, por vezes trancadas em asilos, não podiam casar freqüentar ambientes públicos, em fim jogadas a própria sorte.
Sabemos que hoje ainda existem certos preconceitos, mas com certeza, houve muitos avanços e conquistas, através de muitos esforços, sofrimentos, reivindicações e lutas.
Desde a Declaração de Salamanca em 1994, e a LDB, (lei nº 9394/96), todas as escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingüísticas.
Porém sabemos que na realidade não é bem assim, pois as políticas educacionais públicas não dão conta, ou não há interesse mesmo de oferecer esta estrutura de recursos humanos, nas escolas regulares para os alunos surdos, quanto à necessidade de um interprete de língua de sinais, nas aulas, que possibilitem o acesso ao conhecimento a estes educandos, que acabam por vezes ficando excluídos na turma, contribuindo para a frustração educacional de muitos surdos, quando não é respeitado o direito que as crianças têm de aprenderem a língua de sinais.

Sem dúvida nenhuma que o ideal seria o próprio professor regente ter conhecimento de língua de sinais, mas sabemos que isto ainda é utópico
Em fim como diz no texto, “o Brasil necessita perceber o sujeito surdo como um sujeito que tem uma diferença cultural”, aí penso começará a investir realmente conforme as necessidades apresentadas por estes educandos.

Por outro lado nas escolas específicas para alunos surdos, que são poucas, onde os professores tem cursos de Libras e utilizam a língua de sinais para trabalharem com seus alunos, sem dúvida que estes educandos estão tendo oportunidade de desenvolverem em melhores condições seu ensino aprendizagem.

Temos em nossa cidade (Gravataí) uma instituição escola específica para alunos surdos.
Eu não tenho muito conhecimento do funcionamento da escola, já estive lá, no final de turno.
Confesso que me senti muito perdida, sem entender a comunicação entre os alunos e a professora.
Após ela comentou comigo de modo geral, como era a comunicação, o aprendizado, a vivencia entre eles e a professora. Com certeza fiquei bem impressionada, mas confesso pouco entendi.
Agora me reportando a esta interdisciplina, frente às leituras, percebo o quanto é importante esta escola específica, para atender estes alunos, de modo que os mesmos venham a sentirem-se integrados e participantes, da sua comunidade, da sociedade, etc.
Os educandos surdos certamente não querem ser incluídos em escolas inclusivas, por serem não considerados deficientes, e sim sujeitos completos.
A Pedagogia Surda valoriza a cultura visual dos surdos em suas aprendizagens. Com muita luta o surdo hoje tem autoridade de sua própria língua, a Língua de Sinais.

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